O Futuro da Alemanha - Um 4º Reich? - Parte 07

 Os líderes modelam o povo




    
      Esta importante mistura de idéias, tradições e oportunidades parece convergir na vida de indivíduos que moldaram a história da Alemanha. As terras alemãs formavam parte dos territórios conquistados por Carlos Magno no seu desejo de configurar  outra vez o Império Romano. Carlos Magno foi um poderoso guerreiro com uma ideia poderosa. Aquela mesma ideia de unir a Europa sob o estandarte do cristianismo ardia no coração dos primeiros imperadores alemães do Sacro Império Romano: Oton, o Grande e Frederico Barba Ruiva (Frederico I de Staufen, proclamado "senhor do mundo"). Guiados por estes guerreiros destemidos os alemães alcançaram o posto de reino mais poderoso da Europa (969-1150 D.C). Sem dúvida a promissora dinastia dos Hohenstauffen ou Staufen soçobrou ("um dos maiores fracassos da Idade Média") ao empreender a conquista da Itália; e a terra alemã caiu sob o poder de príncipes beligerantes durante vários séculos (História básica da Alemania moderna, Snyder).
     Em princípios do século 18, Frederico Guillherme I da Prússia, reviveu curso militarista da moderna Alemanha. Fiel a tradição da sua família, os Hohenzollern, de quem a terra e o poderio militar  eram elementos determinantes do poderio nacional, teve o propósito de formar o exercito mais forte e mais preparado da Europa. Quando morreu, a Prússia era considerada como a potência mais militarizada da Europa e uma das mais autossuficientes e prósperas. Seu filho, Frederico, o Grande, converteu a Prússia em um verdadeiro "campo de treinamento" da Europa e numa potência de primeira categoria. Frederico foi um administrador de grande visão, que estabeleceu um governo centralizado e um  serviço civil profissional para governar seu reino em expansão.
     Frederico, o Grande era oportunista e sabia aprender com seus erros. Como rei, "não eram úteis as formas de direito internacional" (ibidem), invadia sem declarar guerra e de pronto inventava um pretexto para sua aventura. A guerra, para ele, era assunto importantíssimo, que devia despachar com a máxima rapidez e eficiência. Para atacar um inimigo mais forte, preferia as táticas que uniam surpresa, astúcia e audácia. Deixava assombrados os seus adversários com sua "capacidade para recuperar-se constantemente e ressurgir". Frederico iniciou seu reinado com humanidade mas terminou transformando-se num desapiedado,  "dono do mundo" como tantos outros, portadores do mesmo nome, seus predecessores.



Continua no próximo post...






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